sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

lannig - Créteil, Ile-de-France, France

Je suis athée et je ne prie mais pour remplacer une prière, j'essayerai chaque jour de mettre un nouveau poème jusqu'au dernier jour quand un autre coeur battra en elle.


Une voix dans la nuit

Ô vous qui entendez mon chant,
laissez moi prendre vos mains.
Les ailes des anges
se sont déposées sur moi
pour me couvrir dans la nuit profonde
Où j’attends,
La Renaissance.
Ô Maman sèches ses larmes trop brûlantes
Et berces moi de ce chant
qui m’endormait enfant.
Ô Papa prends mon visage entre tes belles mains
et donnes-moi ce baiser que j’aimais tant
Lorsque petite fille, les larmes perlaient à mes yeux.
Et Toi Amour, fais résonner ton rire
Qui me bouleverse et me transporte,
mets ta main sur mon corps
que je sente ta vie, ton sang battre en toi.
Et vous que je ne connais
Frappez dans vos casseroles,
Pour que s’éloignent les lourds nuages noirs du désespoir.
J’ai besoin d’entendre
Et vos voix
Et vos rires
Et vos larmes de joie
Quand le jour succédera à cette nuit
Où je me perds.
Vous tous
Ne laissez pas
Les esprits maudits me rejoindre,
Prenez ma petite âme
Pour la conduire vers le grand fleuve de la vie,
Que je trompe, une fois seulement, ce destin trop court.
Je veux encore entendre
le bruit des vagues contre les rochers
le chant des oiseaux lorsque le soleil se couche
Et les cris joyeux des enfants qui sortent de l’école.

Ô amis, frappez, frappez dans vos mains
Je vois
Le ciel devenir bleu.

Lannig

Tradução (via ElHurricane)

Uma voz na noite

Oh vós que ouvis o meu canto,
Deixem-me pegar nas vossas mãos.
As asas dos anjos
Pousaram sobre mim
Para me cobrirem na noite profunda
Onde aguardo
A Renascença.
Oh mamã seca as lágrimas ardentes
E embala-me com o canto
Com que me adormecias em criança.
Oh papá segura o meu rosto entre as tuas belas mãos
E dá-me aquele beijo que eu gostava tanto
Enquanto criança, as lágrimas eram pérolas nos meus olhos.
E tu, Amor, faz ecoar o teu riso
Que me subverte e me transporta,
Pousa a tua mão no meu corpo
Para que te sinta vivo, sinta o sangue pulsar em ti.
E vós, meus amigos
Façam muito barulho
Para que se afastem as negras nuvens do desespero.
Necessito de escutar
As vossas vozes
As vossas gargalhadas
E as vossas lágrimas de alegria
Quando o dia suceder a esta noite
Em que me perco.
Vós todos
Não permitais
Que os espíritos malditos me atormentem,
Conduzam a minha pequena alma
Ao grande rio da vida,
Para que eu engane, uma vez só, este destino tão curto.
Quero ouvir novamente
O barulho das ondas contras as rochas
O canto dos pássaros ao entardecer
E os gritos das crianças à saída da escola.

Oh amigos, batam, batam palmas
Vejo
O céu a ficar azul.

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