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De manhã a Tânia teve a visita da mãe, estava cansada porque é sempre a seguir à fisioterapia e esteve sonolenta a maior parte do tempo. Deu-lhe a mão, sentiu o apoio dela e esteve calma. Os médicos dizem que as melhoras são excelentes e que ela participa muito bem, vendo-se de dia para dia as diferenças.

À tarde fui eu e a A.. Eu estive lá o tempo quase todo porque a A. chegou muito em cima da hora por causa do trânsito. Quando lá cheguei, a Snow estava acordada, deu-me a mão e fomos conversando bocaditos, ela dizendo que sim e que não com a cabeça e apertando a mão mas, às tantas começou a ficar aflita com o ventilador. O enfermeiro que estava hoje foi bastante atencioso, explicou tudo o que se estava a passar e a evolução que ela tem tido e esteve a ver o porquê da queixa dela. Explicou-lhe que o ventilador tem uma bola na zona das cordas vocais para impedir o ar de entrar ou de sair e, à medida que o doente fica mais consciente, começa a incomodar. Era isso que a Tânia sentia hoje, um grande incómodo. Ele limpou-lhe a boca, deu-lhe água e deixou-a o mais confortável possível mas, ela não conseguia acalmar e, às tantas, a máquina dispara o alarme porque a tensão dela subiu imenso. Vieram logo os enfermeiros, viram-na, perguntaram se tinha dores e ela disse que sim, na garganta e então deram-lhe remédios para as dores. O enfermeiro chamou o médico e ele veio vê-la, verificou as medições, alteraram os valores das máquinas e disseram-me para não a estimular, para tentar acalmá-la porque ela tinha que dormir, não podia ter subidas de pressão desssas. Dei-lhe a mão, falei apenas baixinho quando ela precisava de ouvir uma voz para se sentir calma e deixei-me estar, de mão dada com ela a ver se ela acalmava. Quando saí, dormia profundamente que nem deu pela minha despedida.

Disse à A. que o enfermeiro pedira para a avisar para não a estimular. Ela apenas lhe disse que lá estava, deu-lhe a mão e acalmou-a com a presença dela. Depois ficámos uns minutos a conversar as duas, a contar o que se passara e a falar da Tânia.

Bêjos para a Tânia.

Tânia’s mother visited her in the morning. She was tired from the physical therapy and very sleepy. Tânia held her mother’s hand, felt her support and was calm. Doctors say she’s improving very well; she cooperates and is getting better every day.

I and A. went to visit in the afternoon. I was there alone most of the visit, because A. was stuck in a traffic jam. When I got there, Tânia was awake. She held my hand and we talked a little. She was gesturing yes or no with her head, but then she was very uncomfortable due to the respirator's tubes. The nurse told her what was going on and checked everything for her. He told the respirator has a little ball near the vocal chords to keep air from getting in and out. As the patient gets more awake, it gets uncomfortable.
Tânia was very uncomfortable today. He cleaned her mouth, gave her water, but she didn’t calm down and then the machine’s alarm went off because her blood pressure went through the roof. Some nurses came to check on her and gave her pain medication. The doctor also came, checked everything and I was told to try and calm her down, because she had to sleep and shouldn’t get so anxious. I held her hand, whispered and waited to see if she was calming down. When I left, she was sound asleep and didn’t even notice I was leaving.

I told A. the nurse asked us to try and calm her down. She only told her she was there, held her hand and calmed her down by just being there. Then me and A. talked for a few minutes about Tânia.

Kisses for Tânia